Mais de três meses após encalhar a cerca de 100 quilômetros da costa brasileira, o navio mercante Stella Banner foi, enfim, rebocado até uma área de águas profundas onde será inspecionado para que os responsáveis decidam seu destino.
Pertencente à armadora sul-coreana Polaris Shipping, a embarcação transportava cerca de 275 mil toneladas de minério de ferro da empresa Vale e milhares de litros de combustível e óleo quando os tripulantes constataram que havia água do mar penetrando por uma fissura no casco.
Para evitar que o navio ficasse à deriva ou naufragasse, o comandante decidiu lançá-lo sobre um banco de areia de uma área de menor profundidade do canal da Baía de São Marcos, na costa maranhense. Os 20 tripulantes logo foram resgastados, em segurança.
O risco de um acidente ambiental de grandes proporções motivou a Marinha a montar um gabinete de crise envolvendo representantes da Capitania dos Portos no Maranhão; do Comando do 4º Distrito Naval, em Belém; do Comando de Operações Navais, do Rio de Janeiro; órgãos ambientais e das empresas responsáveis pela embarcação e pela carga.
Todo o minério e o combustível foram retirados em etapas, segundo um planejamento meticuloso, qur foi seguido à risca para evitar vazamentos que causassem danos ao meio ambiente. O Stella Banner estava encalhado relativamente próximo ao Parque Estadual Marinho do Parcel de Manuel Luís, uma unidade de conservação brasileira de proteção integral.
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Em nota divulgada ontem (4), a Marinha confirmou que o processo de reflutuação do navio foi concluído nesta quarta-feira, quando foi rebocado para um ponto a cerca de 67 quilômetros da costa maranhense, onde mergulhadores e um veículo submarino operado remotamente estão averiguando a exata dimensão dos danos estruturais para que os responsáveis decidam o que fazer.
“Os órgãos e empresas envolvidas continuam envidando o máximo de esforços e recursos possíveis, visando solucionar o ocorrido com brevidade, e sempre atendendo as normas e legislação em vigor”, informa a Marinha, na nota.Embarcações militares continuam acompanhando a operação de perto.
Edição: Nádia Franco