O secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Alexandre Baldy, defendeu hoje (15) que a utilização, nos horários de pico, do transporte público de massa de São Paulo, como o metrô e trem, sejam feitos de forma exclusiva pelos profissionais que atuam em áreas essenciais, evitando assim aglomeração nas estações e vagões. Baldy ressaltou que autoridades da área da saúde consideram o transporte coletivo o segundo local, depois dos hospitais, em que mais há disseminação do novo coronavírus.
De acordo com o secretário, o governo tem buscado dialogar com prefeituras e a iniciativa privada para que haja um escalonamento no horário de trabalho dos demais profissionais, que não atuam em áreas essenciais, para que o serviço de transporte coletivo seja utilizado por eles fora dos horários de pico.
“O objetivo maior que eu tenho buscado dialogar com as prefeituras é que nós consigamos escalonar a entrada e saída de funcionários para que nós possamos fazer com que o horário de pico, que hoje está entre as 5h30 e as 7h30, e entre as 17h30 e as 19h15, seja exclusivo de quem atua em atividade essenciais”, disse pelas redes sociais, em transmissão ao vivo pelo grupo Lide.
Baldy ressaltou que, para a medida ser aplicada, seria necessário discutir com a inciativa privada e as prefeituras a alteração do horário de funcionamento de supermercados, farmácias – e outras atividades que estão permitidas – para fora do horário de pico, de maneira a deslocar a demanda do transporte de massa para os demais períodos.
“Esses horários que são do início da operação de supermercados, farmácias, construção civil, enfim, de todas as demais atividades que são permitidas por decreto estaduais ou municipais, que eles fossem escalonados fora do horário de pico, para que a gente tenha pessoas, trabalhadores, utilizando o transporte público fora do horário de pico”, disse.
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De acordo com o secretário, 70% das pessoas transportadas por metrô e trem na capital paulista fazem uso do sistema no horário de pico, que dura em média quatro horas. Já os demais 30% dos usuários utilizam o sistema nas demais 16 horas em que há funcionamento do transporte.
“[É preciso] conseguir elaborar um planejamento para que se possa escalonar [os horários] em tratativa com o setor produtivo, com setor privado, para que os funcionários de atividades não essenciais possam utilizar o transporte público de modo inteligente”, disse.
Edição: Fábio Massalli