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Mãe de Rodrigo Claro lamenta a promoção de tenente Ledur; Tenente é acusada de tortura

João Vieira

A juíza plantonista Cristiane Padim da Silva extinguiu processo que tramitava na Justiça que buscava impedir a possibilidade de promoção da tenente do Corpo de Bombeiros, Izadora Ledur de Souza Dechamps, à capitã. Ela é acusada de tortura que terminou na morte do aluno Rodrigo Claro, 21.


A decisão foi assinada na última segunda-feira (4). No texto, a juíza justificou que o advogado de Ledur anexou aos autos apenas seus documentos pessoais. Ainda na segunda-feira, a tenente participou, pela manhã, de inspeção de saúde. O exame é obrigatório para ascensão hierárquica na carreira militar.


Com a extinção do processo, não há nenhum impedimento legal contra a promoção de patente da tenente. Na véspera do Dia das Mães, celebrado no próximo domingo, a mãe de Rodrigo, Jane Claro, lamentou a decisão, em entrevista ao programa “Balanço Geral”, da TV Vila Real, nesta sexta-feira (8).


“Hoje somos surpreendidos com uma notícia dessa, a autorização de promoção a capitã, dessa pessoa que torturou e através da tortura dela, veio a tirar a vida do meu filho, no dia 15 de novembro de 2016”, relembra Jane.


Ela ainda pontua que vai continuar lutando para reverter o quadro. “Essa situação que nos tira a paz, nos tira o sono e que nos deixa aflitos, dia após dia. São 3 anos e 6 meses de uma luta incansável por Justiça. São 3 anos e 6 meses que a gente não sabe o que é ter um minuto de paz”.

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Ainda de acordo com a magistrada, além de apresentar apenas cópia dos documentos pessoais, certidão da Justiça Eleitoral e conta de energia elétrica, o advogado responsável pela ação não indicou quais jornais ou sites teriam relatado a promoção.


“Apenas a menção a notícias veiculadas em sites, argumentação que está muito aquém do necessário para preenchimento dos requisitos para o início do procedimento”, pontuou.


O caso
Rodrigo Claro morreu no dia 15 de novembro de 2016 após participar de treinamento e atividades aquáticas, pelo 16º Curso de Formação de Soldado Bombeiro do Estado de Mato Grosso. Segundo denúncia do Ministério Público, a vítima foi submetida a sessões de afogamento durante a travessia na lagoa, sob o comando da tenente Ledur, o que resultou na morte.


Ledur responde também processo criminal, por tortura com resultado morte, na Justiça Militar.


A tenente ficou mais de 700 dias de licença médica após a morte do aluno. Voltou recentemente para a corporação e tenta a promoção para capitã.(Gazetadigital)

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