Há anos o Dr. Drauzio Varella trabalha cuidando da saúde de pessoas encarceradas. A vivência nas prisões renderam livros e diversas reportagens, como a de mulheres trans presas. Porém, durante a quarentena, o médico não está conseguindo realizar essas atividades e falou sobre isso durante o programa “Saia Justa” do GNT.
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“Tenho saudade da cadeia. De entrar em uma cadeia”, falou sobre a quarentena. Drauzio Varella explicou que tem uma vida com muitos compromissos, mas que consegue tocar essas obrigações de casa. A única tarefa que estava acostumado a fazer e agora está paralisada é o trabalho com os detentos.
“A cadeia me dá uma possibilidade de convívio com pessoas que são de um universo que não tem nada a ver com o meu. Me permite entrar em um mundo totalmente inacessível para mim por outros meios. Isso é muito enriquecedor, dá lições de vida e ideias para escrever. É um contato com uma realidade que nos faz pôr os pés no chão e pensar em como somos privilegiados”, explica o médico.
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O trabalho de Drauzio Varella nas prisões é bastante reconhecido. Ele já escreveu os livros “Estação Carandiru”, “Carcereiros” e “Prisioneiras” baseado nessas vivências. Recentemente, a reportagem sobre mulheres trans encarceradas, exibida no “Fantástico” , teve bastante repercussão, tanto com críticas quanto elogios, e rendeu até mesmo o meme “Né, minha filha?”.