Foto: FABLICIO RODRIGUES / ALMT
Por meio de videoconferência na quinta-feira (23), o secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, foi questionado pelos deputados estaduais da Assembleia Legislativa sobre os impactos da pandemia da Covid-19 nas finanças do Governo do Estado. Até o momento, Mato Grosso contabiliza nove mortes e 221 casos confirmados de coronavírus.
Na oportunidade, o deputado estadual Delegado Claudinei (PSL) perguntou sobre os pagamentos de salários dos servidores públicos, 13º e das emendas parlamentares. “No mês de maio a arrecadação deve continuar abaixo do previsto, mas acredito que a partir de junho deve normalizar, já que o Governo Estadual retirou a maioria das restrições ao comércio e indústrias. Queremos saber se existe uma projeção para garantir que não se atrase salários e nem o 13º dos servidores”.
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O parlamentar também questionou sobre o pagamento das emendas para a área de saúde Pública, bem como das emendas livres. “Estou destinando das minhas emendas livres R$ 2 milhões para a Polícia Judiciária Civil (PJC), força de segurança que há muito tempo passa por situações precárias, seja no que diz respeito as condições para desenvolver os trabalhos de investigações, como também de investimentos nas delegacias. Tratando-se de segurança pública no geral, temos recebido muitos questionamentos. Um exemplo é o fato de que a maioria das delegacias regionais de Mato Grosso não tem drone”.
Em sua fala, o Delegado Claudinei ainda ressaltou sobre a implementação de um programa de ajuda aos municípios para que estes auxiliem profissionais autônomos, como mototaxistas, vendedores ambulantes, fotógrafos que dependem da realização de eventos sociais e que, por conta do isolamento, estão proibidos de acontecerem. “Essa era outra dúvida, mas temos a informação que o Governo já tem desenvolvido ações junto a Secretaria de Assistência Social, como entrega de cestas básicas”.
Na ocasião, o secretário agradeceu o otimismo dos parlamentares sobre uma retomada econômica, já que o estado tem vocação para produção de proteína animal e vegetal. Mas, destacou que o estado enfrentará problema de renda já que as pessoas vão ficar desempregadas, os autônomos com restrição de atividades. E isso levará as pessoas gastarem menos, o que poderá impactar também o mercado.
“Também sou um otimista e a retomada financeira deverá acontecer o mais breve possível porque estamos falando de comida. Não somos um estado com forte comercialização de bens duráveis, a exemplo de ser polo automobilístico, como São Paulo. As pessoas não vão comprar carro num período de crise econômica e de incertezas, mas não deixarão de comprar comida. Ainda assim, o nosso estado ainda terá um problema de renda. Sou um otimista, mas é um ano de muitas incertezas e qualquer um que dizer alguma coisa e cravar um diagnóstico ou cenário tem um risco grande de errar”, ponderou.
Conforme o secretário, a diminuição do faturamento das empresas, da renda e de receita do Estado devem deixar num outro patamar a arrecadação em 2020. “Por isso, precisamos priorizar a Saúde, Segurança Pública e a Assistência Social. São três áreas importantes. Além de fazer o dinheiro chegar nos municípios. Vamos trabalhar com programa que não atrasem salários. Em maio, os salários dos servidores serão pagos no 8, independente da queda de abril, pois temos dinheiro em caixa que nos assegura o pagamento nesta data”, concluiu Gallo.
