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Campanha estimula acolhimento e dignidade a moradores em situação de rua em Sinop

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É sabido que a realidade presente de ter moradores em situação de rua não é exclusiva de Sinop. Pessoas que, por alguma razão, se viram sem teto, sem amor e dignidade. Porém, desde que assumiu a gestão, a prefeita Rosana Martinelli tem olhado com carinho especial para esses cidadãos.

Em Sinop, eles não são invisíveis e recebem o suporte da Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação. Acolhidos pelas equipes do setor, com respeito e atenção, recebem um lugar para chamar de lar, mesmo que temporário. Recebem, também, comida, acompanhamento e orientação necessários.

No entanto, um dos maiores desafios da Secretaria é manter sob sua proteção todos que são acolhidos e que, por diversos motivos, acabam voltando às ruas, principalmente se a ajuda oferecida for momentânea. “Muitos acabam saindo dos abrigos, deixam de aceitar auxílio da Secretaria e voltam para as ruas, sobrevivendo de esmolas que as pessoas dão. O que parece uma ajuda, na verdade, é a permanência deles nesta situação de miséria. É preciso ter cuidado sobre a maneira de ajudar cada um, pois nem todos precisam das mesmas coisas e a ajuda pode piorar a situação”, salienta a secretária Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação de Sinop, Josi Palmasola.

Nesse contexto, a prefeita Rosana Martinelli relembra um caso ocorrido recentemente em Sinop, no qual um morador de rua já assistido pela Prefeitura, Anderson Luiz da Silva Zahn, acabou retornando às ruas e foi agredido com um tapa no rosto por um empresário da cidade de Tabaporã. A cena de violência foi registrada pelo próprio agressor e viralizou nas redes sociais.

Com a repercussão do caso, que ganhou visibilidade nacional, o desportista Juninho Pernambucano se prontificou a custear despesas para que Anderson fosse encaminhado a uma clínica de dependentes químicos. De outra parte, advogados da região estão cuidando dos aspectos jurídicos decorrentes da agressão. Como lembra a prefeita Rosana Martinelli, é importante agir pensando tanto no curto quanto no longo prazo. 

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“Juninho dispôs-se a ajudar, mas também disse que não sabe se dará certo. É este o problema que as secretarias de assistência social enfrentam em todo o País. Temos profissionais para acompanhamento dos dependentes, temos casas de abrigos para acolhê-los, mas sempre nos defrontamos com a reincidência. É um trabalho árduo, de perseverança, em que não existe uma fórmula pronta. E há muita resistência por parte dos usuários de drogas. É muito difícil convencê-los de que precisam se tratar”, salienta a prefeita Rosana.

A secretária Josi Palmasola explica que este caso de Anderson traz à tona outro tipo de problema com que se defronta a Secretaria. “Nós entendemos perfeitamente que quem dá esmolas está exercitando a caridade cristã. No entanto, como política pública, a Secretaria rejeita a doação de esmolas. Não é pedagógico. Pelo contrário, prejudica em muito o nosso objetivo, que é de recuperar essas pessoas para uma vida digna e para o trabalho. A Secretaria, aliás, em seus eventos institucionais, está sempre preocupada em lembrar à população que não dê esmola. Se as pessoas querem ajudar, o mais importante é que encaminhem quem precisa de tratamento ou atendimento aos serviços sociais. Pedimos que não deem dinheiro, mas dignidade. Deem apoio, orientação. Não doe esmolas, doe dignidade”, salienta.

No final de março, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Assistência Social e também como ação de combate ao coronavírus, em apoio a atuação dos profissionais da saúde, encaminhou moradores em situação de rua para abrigos no município. Eles também passaram a receber orientações a respeito da pandemia do novo coronavírus.

O objetivo foi sensibilizar e levar até a população em situação de vulnerabilidade informações a respeito da infecção, bem como orientar sobre as medidas de controle da disseminação da doença e assegurar vaga aos moradores em situação de rua, que estão recebendo abrigo, material de higiene e alimentação durante a pandemia. Esses são os principais objetivos do projeto "Unir para Proteger", que também abriu canais específicos para quem quiser ajudar.

Alimentos não perecíveis, toalhas de banho, roupas de cama e produtos de higiene pessoal e de limpeza podem ser entregues na Secretaria, localizada na Rua das Aroeiras, 1116, Centro, ou nas lojas da rede de supermercados Machado, na UFMT e na Paróquia São Camilo, parceiros da iniciativa. A Secretaria também disponibiliza dois telefones para outras dúvidas: 66 3531 2791 e 66 9 9680 0001, com Rodrigo.

Fonte: AMM

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