O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) analisará um plano de fechamento das entradas e saídas da Capital com barreiras de vigilância sanitária para conter o avanço do novo coronavírus na cidade.
O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) analisará um plano de fechamento das entradas e saídas da Capital com barreiras de vigilância sanitária para conter o avanço do novo coronavírus na cidade. A proposta de isolamento de Cuiabá será apresentada ao Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid-19, durante a reunião desta segunda-feira (13).
Na justificativa, os técnicos municipais de Saúde afirmam que a medida visa frear o aumento de infectados em Cuiabá, para evitar um colapso na Saúde do município, com o aumento de pacientes infectados e o aumento do preenchimento de leitos nas unidades. “Essa medida seria acertada juntamente com a prefeita de Várzea Grande Lucimar Campos (DEM). Porque aí teríamos que identificar quantas pessoas de Cuiabá que trabalham em lá, e quantas de lá trabalham aqui. Para fazer o controle”, disse um dos membros do comitê, que pediu para não ser identificado.
O prefeito Emanuel Pinheiro deverá levar o plano de isolamento para Lucimar Campos e ao senador Jayme Campos, já que a medida seria polêmica. “Também estamos estudando medidas judiciais para conter a movimentação de pessoas. É importante analisar que o Cuiabá é a cidade com mais infectados do Estado. E mesmo com nossas medidas de isolamento social, a infecção do novo coronavírus vem crescendo. Precisamos conter esse avanço para que o nosso sistema de saúde não se sobrecarregue”, disse um dos membros do comitê à reportagem.
A medida visa conter a grande movimentação de pessoas que circulam entre os municípios. Além disso, as cidades são passagens obrigatórias para quem está em viageme com destino aos municípios do Norte do Estado e do Brasil.
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O chamado lockdown (bloqueio generalizado da movimentação) é defendido pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, mas a prefeita Lucimar Campos defende o isolamento vertical (que é o resguardo maior para os casos mais suscetíveis a contrair a doença por causa de comorbidades ou outras enfermidades), tanto que liberou o comércio, mas endureceu as regras de fiscalização e cobra sempre o distanciamento social para aquelas pessoas que podem ficar em isolamento.
Ambos ameaçam com multas e fechamento de comércios caso descumpram as medidas. Estimativas do transporte coletivo, segundo a Associação Mato-grossense dos Transportadores Urbanos (AMTU), dão uma dimensão aproximada do que acontece entre Cuiabá e Várzea Grande.
O trânsito apenas no transporte de massa aponta para uma movimentação que oscila entre 125 mil até 158 mil pessoas diariamente transitando de Várzea Grande para Cuiabá enquanto 185 até 225 mil entre Cuiabá e Várzea Grande, seja para trabalhar, seja para estudar, seja para outros afazeres.
Fora isto, entre as cidades há uma frota automotora de 583 mil veículos, sendo que, deste total, 280 mil são automóveis, portanto, transportam vários passageiros, segundo dados oficial de 2018 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Essa movimentação entre as principais cidades de Mato Grosso, faz parte do cotidiano e da rotina dos moradores, primeiros por estarem separadas apenas por um rio e segundo por causa da natural oferta de serviços de toda natureza que são muito maiores nas capitais do que em outras cidades.
O lockdown ganha muita força e argumento quando se percebe que existe o risco de um esgotamento na área de saúde para o atendimento de um volume muito além da realidade de unidades hospitalares, já que a pandemia provoca internações graves em média de 21 a 33 dias.(HiperNoticia)