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Morre Stirling Moss, ídolo da Era de Ouro da Fórmula 1, aos 90 anos

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O piloto de Fórmula 1, Stirling Crawford Moss, considerado uma das lendas das pistas, morreu neste domingo (12), aos 90 anos, em sua casa em Londres (Inglaterra). O britânico foi quatro vezes vice-campeão mundial entre 1955 e 1958, considerada a Era de Ouro da Fórmula 1. Em 1955, o piloto inglês assinou contrato com a Mercedes, e lá se tornou parceiro do argentino Juan Manuel Fangio, pentacampeão mundial. Stirling Moss somou 16 vitórias em GPs de Fórmula 1, mas também se destacou na tradicional 24 Horas de Le Mans – prova de resistência disputada desde 1923 na França – concluindo o percurso, por duas vezes seguidas, na segunda posição. Chamado de ‘cavalheiro’ pelo gesto de fair play que lhe acarretou a perda do título mundial em 1958, o inglês foi vice-campeão  quatro vezes e parceiro de Manuel Fangio,

Moss mudou a trajetória da Fórmula 1 em 1958, ao vencer o GP da Argentina, pilotando um o carro T43 da Cooper, o primeiro modelo com motor traseiro da história da modalidade. Antes, as corridas eram dominadas por veículos de propulsor dianteiro.  No mesmo ano, Moss ganhou o apelido de gentleman (cavalheiro) da Fórmula 1, por um gesto de fair play (jogo limpo) que, no final, o impediu de se tornar campeão mundial. Embora tivesse vencido o circuito de rua do Porto (Portugal), que o colocou na liderança da temporada – faltavam apenas duas provas para o término – o britânico não se furtou a defender Mike Hawthorn, da Ferrari, punido com a desclassificação após dirigir em mão invertida. Hawthornm havia rodado na pista e saiu do carro para empurrá-lo, até que o motor ligasse, possibilidando sua volta à corrida. Stirling Moss já havia cruzado a linha de chegada e pôde observar todo o ocorrido. Ele testemunhou a favor de Hawthorn, argumentando que o colega se encontrava fora da pista ao religar o carro e, portanto, não teria cometido infração alguma. Os juízes retiraram a punição e devolveram os quatro pontos a Hawthorn.  Naquele ano, o pilto da Ferrari se sagrou campeão mundial, por apenas um ponto de diferença em relação a Stirling Moss.

Em 1962, aos 31 anos,o piloto britânico se despediu precocemente das pistas, após sofrer um grave acidente no circuito de Goodwood (Inglaterra): depois de um mês em coma, Moss ficou quase um ano e meio parcialmente paralisado.  Stirling Moss faz parte do Hall da Fama do Automobilismo, no Alabama (Estados Unidos) e também foi condecorado com o título de Cavaleiro do Império Britânico. 

O piloto faleceu neste domingo, lutando contra uma doença prolongada. Em dezembro de 2016, quando passava férias em Cingapura, o ex-piloto permaneceu 134 dias hospitalizado devido a uma infecção pulmonar. 

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Edição: Cláudia Soares Rodrigues

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