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Presidente da AMM defende toque de recolher em cidades de MT

Neurilan argumenta que cada prefeito sabe a necessidade de seu município e aponta que em algumas cidades a medida é necessária porque população tem menosprezado o risco de contágio. 

Em entrevista ao Conexão Poder, o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fragacomentou as diversas medidas tomadas pelos prefeitos, em Mato Grosso, para prevenção contra o coronavírus e defendeu a necessidade de toque de recolher em algumas cidades.

Ele argumenta que há relaxamento social demasiado e certo menosprezo do real risco por parte da população.

“Não é exagero, porque tem locais que a população, por conta da declaração do Bolsonaro e outros fatos, tem uma parte da população que ainda acha que isso é uma gripezinha, que isso pode acontecer com o vizinho, mas não acontece com ele. Temos vários municípios que têm barreira sanitária na entrada. Teve município que o prefeito retirou os bancos debaixo das árvores da praça e a população começou a levar cadeiras e ele foi lá e podou as árvores. São medidas impopulares, medidas duras, que os prefeitos, mesmo em ano de eleição, estão tendo coragem de fazer e sendo atacados por adversários”, comentou.

Atualmente, segundo Neurilan, estão com toque de recolher municípios como Tangará da Serra, Comodoro e Nortelândia. Em Cuiabá, o prefeito Emanuel Pinheiro estuda implantar a medida por regiões ou bairros da Capital.

O presidente argumenta sobre a necessidade dos gestores municipais terem medidas conforme a necessidade de cada município.

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“Quem sabe da realidade de cada município são os prefeitos; eles que estão lá administrando”, pontua.

O gestor da AMM critica que apesar disso, há outros municípios que estão relaxando as medidas em proporção preocupante, como Sinop, que liberou o uso das academias em espaços públicos da cidade e mantém normal o funcionamento do comércio.

No contexto geral ele avalia que praticamente em unanimidade os prefeitos têm seguido rigorosamente as orientações da Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde.  

Sobre as medidas econômicas adotadas pelos municípios ele defende que é preciso ter cautela antes de pregar que os prefeitos suspendam as cobranças de IPTU e demais impostos, sob o risco de ficarem sem recursos para serviços básicos, inclusive de saúde, mas garante que a AMM tem orientado no adiamento das cobranças do que for possível.

“Tem prefeito que já está fazendo isso. À medida que vai endurecendo mais as medidas de cunho econômico, evidentemente vai ter que ter uma flexibilização para que  a população possa cumprir com suas obrigações. Sem contudo criar colapso financeiro para o município”, ressaltou.(RepórterMT)

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