Em mais um dia de tensão nos mercados globais, o dólar voltou a subir e a bater recorde. A bolsa de valores, que tinha se recuperado ontem (2), voltou a cair para o menor nível em dez dias.
O dólar comercial encerrou a sexta-feira (3) vendido a R$ 5,326, com alta de R$ 0,06 (+1,14%), na maior cotação nominal desde a criação do real. A divisa operou em alta o dia inteiro e fechou no valor máximo do dia, mesmo com o Banco Central (BC) tendo intervindo no mercado.
A autoridade monetária vendeu US$ 455 milhões das reservas internacionais. O dólar fechou a semana com alta de 4,3%. Em 2020, a divisa acumula alta de 32,72%.
Depois de um dia de alta, o índice Ibovespa, da B3, a bolsa de valores brasileira, fechou esta sexta aos 69.537 pontos, com queda de 3,76%. O índice seguiu as bolsas no exterior. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, encerrou o dia com queda de 1,69%, refletindo a destruição de 701 mil empregos nos Estados Unidos em março. A taxa de desemprego na maior economia do planeta cresceu de 3,5% em fevereiro para 4,4% no mês passado.
Há várias semanas, os mercados financeiros em todo o planeta atravessam um período de nervosismo por causa da recessão global provocada pelo agravamento da pandemia de coronavírus. As interrupções na atividade econômica associadas à restrição de atividades sociais travam a produção e o consumo, provocando instabilidades.
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Petróleo
A intensificação da guerra de preços do petróleo entre Arábia Saudita e Rússia continuou a dar uma trégua nesta sexta-feira. Os dois países estão aumentando a produção de petróleo, o que tem provocado uma queda mundial nos preços, mas o presidente norte-americano Donald Trump postou ontem numa rede social que um acordo está sendo fechado entre os principais produtores.
A cotação do barril do tipo Brent, que na terça-feira atingiu o menor nível em 18 anos, estava US$ 34,70 por volta das 18h, com alta de 15,9%. Mesmo com a alta nos preços, as ações da Petrobras, as mais negociadas na bolsa, caíram hoje, depois de uma sequência de altas. Os papéis ordinários (com direito a voto em assembleia de acionistas) desvalorizaram-se 0,71% nesta sexta. Os papéis preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) caíram 1,1%.
Edição: Fábio Massalli